Menu
Livros

Resenha: A Torre Negra II – A Escolha dos Três

Longos dias e belas noites, sai. Chegou o momento de continuar a resenha da obra Torre Negra, do Stephen King. Seguindo a primeira resenha feita aqui, esta também se baseia na versão digital, do kindle, as informações sobre número de páginas e publicação impressa serão baseadas através do site da Editora Suma de Letras, cujo lançou essa série aqui no Brasil. Vamos lá!

A Torre Negra II – A Escolha dos Três

  • Ano da edição: 2004
  • Altura: 21.00 cm
  • Largura: 14.00 cm
  • Profundidade: 1.00 cm
  • Número de Páginas: 416

“Vá então. Há outros mundos além deste.”

Após o ápice apresentado no primeiro livro, Roland e Walter (o Homem de Preto) têm uma longa noite de confabulação. Walter revela ao pistoleiro seu futuro através de três cartas de tarô – o Prisioneiro, a Dama das Sombras e a Morte (“mas não para você, pistoleiro”). Após esse evento, o Pistoleiro acorda próximo ao mar ocidental do Mundo Médio, aparentemente muitos anos após seu confronto com Walter.

A Torre Negra II

Imagem da internet

Todo o evento desse livro se passa às margens do mar ocidental. De início, nos deparamos com o desespero do Pistoleiro ao ter que enfrentar, exausto, criaturas lagostas (lagostrosidades, segundo o autor) que surgem do mar ao entardecer, o que deixa Roland envenenado e o faz perder alguns dedos da mão direita. Roland, então, consegue escapar e seguir sua jornada através da margem do mar, agora agonizando.

Após muita caminhada, Roland se depara com uma porta em meio à areia com a palavra “O prisioneiro”, gravada nela. Ao abri-la, ele tem a estranha sensação de estar dentro da mente de outra pessoa, o que de certa forma é a verdade, pois aquela porta se trata de um portal para outro mundo, neste caso o de Eddie Dean, em Nova York do ano de 1987. Eddie é um prisioneiro da droga heroína e está em meio a um voo, traficando a droga, quando o pistoleiro acessa sua mente (através da porta no deserto) e tem ciência de tudo que está acontecendo. Ao final do voo, Eddie se vê em apuros com os agentes da alfândega, devido sua mercadoria ilícita, esse foi o momento para que o Pistoleiro falasse com Eddie através do pensamento e pudesse conduzir a situação, livrando Eddie da prisão. Mesmo assustado com a situação, Eddie continua com a presença do Pistoleiro em sua mente, o que vai ser crucial para salvar a vida de Eddie mais uma vez e futuramente levá-lo para o mundo de Roland.

Após os acontecimentos em Nova York do ano de 1987, Eddie agora se encontra junto a Roland, que ainda precisa seguir adiante em sua jornada pela praia. Eddie com sua abstinência pela droga e Roland ainda agonizando com a perda dos dedos e o envenenamento causado pelas lagostrosidades. A sequência dessa jornada se torna muito exaustiva para ambos, que apesar de todas as diferenças e discussões, dependem um do outro para sobreviverem, o que torna o clima ainda mais tenso.

Mais uma longa caminhada espera a dupla, até finalmente se depararem com outra porta em meio à areia da praia. Desta vez o mundo também é Nova York, porém no ano de 1964. O mundo de Odetta Walker, uma mulher cujo teve as pernas amputadas após ser empurrada na frente de um trem do metrô; ela possui dupla personalidade, a outra que vive em suas sombras é Detta Walker, uma mulher ardilosa, inimiga de todos e que tem planos para matar Eddie e Roland, no momento em que o Pistoleiro a leva para seu mundo.

Com mais uma porta para encontrarem, agora a dupla se torna trio e a tensão entre eles aumenta drasticamente, Eddie e Roland terão que se unir para manterem o controle sobre a dupla personalidade de Odetta.

A Torre Negra II

Imagem da internet

Neste livro conhecemos personagens que mais tarde iremos desenvolver muita proximidade, pois a cada mundo que Roland visita, o autor detalha a vida e a época das pessoas que interessam ao Pistoleiro, ajudando-nos a desenvolver certa empatia por elas. Essas pessoas foram colocadas no destino de Roland e anunciadas para ele através das cartas de Walter, pessoas que farão parte de seu Ka-tet e assim permanecerão. De início sentimos raiva e frustração pelo comportamento de Eddie e sua abstinência, mas pela forma como a sua vida é explorada, passamos a gostar mais dele e vemos seu potencial na história. Podemos dizer o mesmo sobre Odetta; o autor faz com que, quando Detta está no controle, tenhamos o desejo que Roland atire nela e acabe com o sofrimento deles e o nosso, e quando Odetta está no controle, sentimos um alívio imenso e gostamos muito da personagem.

Ainda há uma terceira porta, a Morte. Aqui há a conexão entre várias pontas soltas até então. Quem é o representante desse mundo? Segredo.

A Escolha dos Três traz a sensação de que nada vai dar certo, ficamos angustiados do começo ao fim com a situação em que Roland se encontra e dos desentendimentos entre seus futuros companheiros. Ao passo que os acontecimentos avançam, acompanhamos a aproximação que os personagens têm entre eles e a angustia enfim tem seu desfecho. Nesta edição encontraremos humor, romance, ação, terror e diria até mesmo pavor, Stephen nos transporta do Mundo Médio para o mundo que conhecemos, mostrando a dimensão que sua história pode chegar. A palavra para esse livro é: Renovação.

Espero ter despertado em vocês a vontade de querer ler este livro, aliás, esta saga. Pois nela você encontra espaço para todos os gostos e a leitura continua muito bem fluída e detalhada, quando você começa a ler, não quer parar mais.

Gostou da resenha? Deixei passar algo? Ajude-nos a melhorar nosso conteúdo, comenta aí, curta nossa página e assine nossa newsletter para manter-se atualizado. Que seus dias sejam longos sobre a terra. Abraço e até mais.

Sem comentários

    Deixe um comentário