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Crítica | It – A Coisa

It A Coisa fez sua estreia nos cinemas no último dia 7, um dos filmes mais aguardados, principalmente por quem é fã de Stephen King. O famoso livro de King teve sua segunda adaptação dirigida por Andy Muschietti, a primeira foi em 1990 dirigida por Tommy Lee Wallace para a TV. Confesso que eu tenho um pouquinho de medo de adaptações de livros para o cinema, porque nem sempre nos agradam, mas Andy Muschietti cumpriu bem o seu papel e nos apresentou um filme excepcional tanto para os fãs de King como para quem estava descobrindo a obra pela primeira vez.

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It – A Coisa

A trama se passa no verão de 1989 na pequena Derry, uma cidade com espantosos desaparecimentos e mortes, principalmente de crianças. Sete amigos, que formam o Clube dos Perdedores, descobrem que a cidade é aterrorizada há séculos por uma força do mal, o misterioso palhaço Pennywise (Bill Skarsgård). E para derrotar A Coisa, eles terão que enfrentar os seus próprios medos, ao mesmo tempo em que lidam com o bullying dos valentões da escola. O líder do grupo é Bill “Gago” (Jaeden Lieberher) que também quer descobrir o que aconteceu com seu irmão mais novo, Georgie (Jackson Robert Scott), desaparecido desde o ano anterior.

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It – A Coisa

A amizade entre os garotos é muito bem construída e conhecemos a individualidade de cada um, embora alguns personagens nos foi mostrado mais a fundo e outros superficialmente, mas é o necessário para a trama funcionar. Cada criança tem o seu momento frente ao medo, no qual A Coisa vai se manifestar para atacar as suas presas.

O filme não tem muitas cenas apavorantes, mas ele causa certo desconforto, além de alguns jump scares, mas nada que não vai deixar você dormir a noite. Traz também um clima nostálgico ao retratar elementos comuns daquela época. (Viva New Kids on the Block!)

Pennywise foi muito bem representado no longa, Bill Skarsgård convenceu e nos mostrou um vilão sarcástico e pavoroso nos momentos de tensão. O novo visual do palhaço, criado pela designer de moda Janie Bryant, reuniu elementos de diversas gerações, incluindo as eras Medievais, Renascentistas e Vitorianas, o que faz dele um palhaço de outra geração. Isso gerou muita polêmica no público comparado com a caraterização que Tim Curry teve na adaptação dos anos 90, segundo Muschietti a mudança ocorreu porque ele não achava aquele visual muito atraente.

Esteticamente, não curto o palhaço do século XX. Acho que ele parece barato e é muito relacionado a eventos sociais, circo e coisas assim. Circo é legal, mas sou mais atraído esteticamente ao palhaço mais antigo, do século XIX. E tendo em vista que esse cara esteve por aí há séculos, eu me perguntei por que não ter uma nova versão, mas do século XIX”, declarou em entrevista à Collider.

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It – A Coisa | Pennywise (Bill Skarsgård)

Comparando as duas versões, o visual da primeira versão, com um aspecto tradicional, era sinistro. O Pennywise dos anos 90 tinha um ar mais humanizado, como qualquer palhaço que você encontra em qualquer esquina e isso o fazia ser muito assustador, entretanto, o novo Pennywise tem mais semelhança com as descrições do livro, de acordo com alguns fãs. Sinceramente, eu não gostaria de encontrar nenhum dos dois.

O elenco juvenil é sensacional, as crianças sustentam a história de forma natural e com autenticidade, o destaque sem dúvidas vai para o debochado Richie (Finn Wolfhard de Stranger Things) o alívio cômico da trama.

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It – A Coisa | Richie (Finn Wolfhard) e Bill (Jaeden Lieberher)

O sucesso de It A Coisa é estrondoso e quebra recorde de bilheteria com a sua estreia.

Em resumo, é um filme assombroso, com excelentes atuações e visual incrível. Carrega um clima de aventura, mistério, fantasia e terror e o resultado não poderia ser melhor. Espero que a segunda parte ainda nos traga todo esse encanto.

Para quem ainda não assistiu, vale a pena!

 

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