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Westworld: Season Finale – THE BICAMERAL MIND

ATENÇÃO!! ESSE POST CONTÉM SPOILERS DO ÚLTIMO EPISÓDIO DA TEMPORADA. CASO NÃO TENHA ASSISTIDO AINDA, PARE DE LER AGORA E VOLTE APÓS TER ASSISTIDO.

 

 

Esses prazeres violentos têm finais violentos”

E não é que teve mesmo? O quebra-cabeça da HBO finalmente nos deu as respostas para seus maiores mistérios, no final da temporada no domingo dia 04. E consequentemente, aumentou a nossa expectativa para o que vem a seguir.

Muitas teorias foram criadas ao longo dessa temporada e muitas se confirmaram no último episódio.

Homem de Preto

Westworld — The Bicameral Mind

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Eram grandes as especulações de que o Homem de Preto (Ed Harris) e William (Jimmi Simpson) fossem a mesma pessoa. Isso foi confirmado no último episódio, onde no decorrer da trama, vimos o jovem William ter uma mudança drástica de comportamento, com o ex-parceiro Logan (Ben Barnes) e com os anfitriões.

Westworld — The Bicameral Mind

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Essa mudança ocorre principalmente pelo fato do jovem rapaz se apaixonar por Dolores (Evan Rachel Wood), com a certeza de que ela possuía instintos humanos, diferente dos demais anfitriões, mesmo tendo plena consciência de que ela era um android. À procura de Dolores, o jovem de bom coração se depara com um grupo de anfitriões, onde os mesmos dão a entender que a estupraram e a mataram. Ele tem uma reação de ódio matando a todos.

Ao retornar à cidade, William se depara novamente com Dolores, que já não se lembrava do rapaz e seguia sua rotina normalmente, inclusive derrubando sua lata leite como sempre. Esse foi o momento crucial para que William quisesse adquirir ações do parque e assim começar sua nova jornada nele.

Foram anos em que William, O Homem de Preto, buscava encontrar o tão famoso labirinto. Ficamos sabendo que na verdade ele queria que os anfitriões tivessem a liberdade de escolha e não fossem mais programados para sempre perder. O sorriso do velho William na cena final, nos prova que ele conseguiu o que queria, um exército de robôs vingativos, capazes de realmente machucá-lo.

Dr. Robert Ford

Westworld — The Bicameral Mind

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Podemos concluir que o Dr. Robert Ford (Anthony Hopkins) é o mestre das marionetes, acompanhamos até onde ele era capaz de chegar para controlar tudo a sua volta. Acreditávamos que Maeve (Thandie Newton) havia adquirido consciência e todas as suas atitudes eram de seu livre arbítrio. Entretanto, tudo havia sido programado e planejado por outra pessoa, mais uma jogada de mestre do Dr. Ford.

Ele também revelou toda a história para Dolores, entre ela e Arnold (Jeffrey Wright), antes da abertura do parque. Tudo esclarecido, ele poderia dar início a sua nova narrativa.

Após anos controlando e manipulando tudo, agindo com firmeza e maldade, ele finalmente conseguiu aceitar que Arnold estava o tempo todo certo. Arnold conseguira encontrar a chave da autoconsciência nos robôs, sendo assim, a nova narrativa de Ford começa com sua própria morte.

Esse ato extremo me faz pensar em duas coisas: primeiro, que ele percebeu a “vida” nos anfitriões e queria dar a eles o direito de viverem livres, como os humanos, não sendo mais apenas um entretenimento barato. Segundo, como estavam tirando a criação das mãos dele, sua vida não teria mais sentido, apenas lhe restando a morte.

O labirinto

Sem dúvida o principal mistério de Westworld. O que era esse labirinto? Como Arnold o construiu? O tão famoso labirinto nada mais era do que a autoconsciência, a capacidade de sentir e tomar decisões sem que fossem previamente programadas por outra pessoa. Poderia um robô pensar e agir por conta própria? Sofrer? Saber o que é certo ou errado? Esse foi o grande desafio proposto por Arnold e foi realizado com maestria por Dolores, que descobriu o seu autoconhecimento. Ela possuía “humanidade”.

Arnold/Bernard

Westworld — The Bicameral Mind

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No penúltimo episódio descobrimos que Bernard (Jeffrey Wright) era uma réplica fiel do antigo sócio de Ford, Arnold. Através dos seus esforços para construir uma vida de verdade, descobrimos mais sobre o personagem. Da mesma forma como Bernard, Arnold também perdera o filho Charlie, então sua vida decaiu em amargura. O brinquedo de seu falecido filho lhe trouxera a descoberta de que tanto buscava. A autoconsciência não é uma jornada para cima, mas sim para dentro, isto é, quanto mais perto do centro do labirinto, mais perto de chegar à vida.

Westworld — The Bicameral Mind

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Quando Arnold percebe que Dolores consegue encontrar o centro do labirinto, ele espera que Robert aceite que ela tenha vida e decida fechar o parque, pois estariam “brincando” com seres que possuíam, assim como eles, vida. Robert não acredita que isso seja possível e Arnold vê seu mundo destruído, ele deseja a morte na esperança de encontrar seu filho.

O tão misterioso personagem Wyatt, é a própria Dolores, que segue as ordens de Arnold matando todos os robôs do parque com a ajuda de Teddy (James Marsden), matando seu criador e a si mesma.

Westworld — The Bicameral Mind

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E então vem a revelação de que a voz que ela ouvia e pensava ser de seu criador, era dela mesma. Esse era o propósito de Arnold, fazer Dolores entender que aquela voz era do seu EU interior.

Maeve

Westworld — The Bicameral Mind

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Uma das personagens mais badass na série. Ao descobrir que Maeve (Thandie Newton) estava sendo controlada o tempo todo, foi uma grande reviravolta, e mesmo assim isso não a fez ser menos interessante. Foi incrível a ver tramando seu plano de fuga, como recrutar Hector (Rodrigo Santoro), alertando-o para os buracos de sua história e buscando a amiga Clementine (Angela Sarafyan) em um sentimento de lealdade.

Ela se libertando e causando uma revolta dos androids era parte da nova narrativa de Ford e não algo despertando por vontade própria.

Westworld — The Bicameral Mind

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Mas no final ao invés de fugir, ela deixa o trem e volta para o parque na busca de reencontrar sua filha. Teria ela encontrado o centro do labirinto igual Dolores? Estaria ela dando um salto para a sensibilidade? Quem não gostaria de ver uma Maeve totalmente independente andando por aí, pronta para acertar as contas?

Westworld — The Bicameral Mind

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A Nova Narrativa

Westworld — The Bicameral Mind

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Outro grande mistério da série girava em torno da nova narrativa de Ford. Ao longo dos episódios descobrimos que ela está ligada ao passado de Dolores e o incidente que matou Arnold. Ford faz o seu belo discurso despedindo-se da sua companhia e leva uma bala na cabeça por Dolores.

Tudo até o momento, fora um plano de Ford de terminar o projeto de criação de consciência de seu antigo sócio, Arnold, para os androides. Acabar com todo o conselho do parque, para que todos os androides cheguem ao centro do labirinto, agindo de maneira autoconsciente e se vingar dos humanos.

A segunda temporada certamente será traçada por essa grande guerra entre androides e humanos. Como já falou Jonathan Nolan em uma entrevista:

Se a primeira temporada foi definida por controle, a segunda temporada é definida por caos. Isso é parte do que chegamos a entender sobre os planos de Ford.”

Quais seriam as reais intenções de Ford? Deixar os anfitriões escaparem ou ensinar uma lição aos humanos? Infelizmente, teremos que esperar até 2018 para estas e outras perguntas serem esclarecidas.

Westworld com certeza está na lista das melhores séries de 2016, ver toda essa ficção científica usada de forma tão admirável. Ela nos faz pensar até onde deve ser o limite da criação e o quanto isso pode nos afetar.

Westworld fechou a temporada de forma magnífica, todos os segredos revelados e um final totalmente imprevisível.

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